quinta-feira, 4 de março de 2010

Um pouco do japim


Cid, um ensaio

(por Ramon Barbosa Franco)

Recusei uma viagem, certa vez, porque o Cid ia lançar 'O eremita urbano' na Biblioteca Municipal de Marília. Estive lá, na noite de um sábado e Cid se apresentou para todos nós. Interpretou alguns personagens. Depois, retirei o livro na biblioteca. Li durante uma semana. As influências e leituras de Cid se apresentaram todas, da mesma forma que ele havia feito na noite de autógrafos.
O cinema também estava presente, como Fellini na cena onde ele descreve o almoço na pensão. Eu morei em uma pensão e a associação aos tempos de vida coletiva foi imediata. Gabo está também em 'O eremita urbano'. Me marcou o personagem que atendia as pessoas que acertavam uma pedra no alvo que servia como campainha. Mas, o que mais marcou em 'O eremita urbano' foi o sonho do personagem em ser escritor, sonho que compartilho até os dias de hoje. Na minha trajetória de japim, o passarinho que imita os cantos de todos os outros pássaros na lenda indígena, Cid está no rol de cantos que ensaiei igual. Entre tantas coisas que venho desenvolvendo, uma, em particular, está me alegrando: a de pesquisar a vida literária em Marília em dois períodos, nas décadas de 40 e 60, e na contemporaneidade. Nos anos 40 e 60 o motivo é Osório Alves de Castro, o nosso mestre. Na contemporaneidade, entre as pessoas que quero acompanhar detalhadamente está o Corbi, da Apem, e Cid, entre tantos outros amigos de fé, amigos do coração, amigos que compartilham comigo o sonho do Eremita Urbano, o sonho de ser escritor.
Obrigado pelo espaço e oportunidade, Cid.

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